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Eles riram quando ele disse que a regulação ia atrasar o mercado

Agora, ninguém está rindo.

Quando as regras mudam, os fracos reclamam, os inteligentes se adaptam, e os visionários lideram.

Enquanto o mercado discute os desafios da regulação da IA, surge uma pergunta mais importante: você está preparado para liderar a mudança ou apenas sobreviver a ela?

10 de dezembro de 2024. O Senado Federal aprovou o projeto que vai regular a IA no Brasil.

Embora ainda precise passar pela Câmara e possa sofrer alterações, o mercado já entendeu o recado: um marco regulatório que estabelece novas regras, exigências e limites está a caminho.

A reação foi previsível — o mercado respondeu com uma mistura de dúvidas e preocupação.

Enquanto especialistas debatem cada parágrafo do projeto e aguardam os próximos passos da Câmara, algo maior e mais significativo se move nos bastidores.

A questão não é se a mudança vem, mas se você está olhando para o lugar certo.

Enquanto Todos Olham para Brasília...

O Senado acaba de sinalizar uma mudança fundamental. O Projeto de Lei 2.338/2023 vai além de uma simples regulamentação — é uma redefinição completa do mercado de IA no Brasil.

Os pontos cruciais que poucos estão discutindo:

O Sistema Nacional de Governança estabelecerá uma estrutura dedicada a fiscalizar e regular IA, com poder para aplicar multas de até R$ 50 milhões ou 2% do faturamento anual da empresa.

A proteção de direitos autorais exigirá que empresas informem quais conteúdos protegidos foram usados no treinamento, permitindo que autores vetem o uso de suas obras.

Um ambiente experimental controlado será criado para que empresas possam negociar diretamente com autores, testar modelos e validar soluções.

Mas há algo ainda mais preocupante que poucos notaram: a ambiguidade do texto.

O projeto não define claramente o que constitui um "sistema de alto risco", nem especifica os critérios precisos para "uso adequado" de dados.

São brechas que podem ser interpretadas de diferentes formas, dependendo do interesse de quem analisa.

É como dar um cheque em branco para futuros reguladores.

Uma startup pode gastar fortunas se adequando às regras hoje e amanhã descobrir que sua interpretação estava errada.

Grandes empresas, com times jurídicos robustos, podem explorar essas ambiguidades a seu favor, enquanto pequenos negócios ficam à mercê da interpretação mais restritiva.

Essa falta de clareza NÃO parece acidental.

Em um mercado que deve movimentar trilhões nos próximos anos, regras vagas podem ser usadas tanto para facilitar quanto para bloquear inovações, dependendo dos interesses em jogo.

O contraste com outros mercados é revelador.

  • Nos Estados Unidos, uma regulação flexível e descentralizada não só priorizou inovação e crescimento, mas estabeleceu regras claras desde o início.

    O resultado? Dominância global de empresas como OpenAI e Anthropic, que sabem exatamente onde podem e não podem inovar.

  • A China adotou uma estratégia ainda mais direta: domínio global em IA até 2030, com investimento massivo em pesquisa e regras objetivas que aceleram o desenvolvimento. Não há ambiguidade — cada empresa sabe seu papel no plano nacional de IA.

  • Até a União Europeia, conhecida por sua rigidez regulatória, foi mais pragmática ao criar diferentes níveis de regulação com critérios bem definidos, reconhecendo que nem toda IA precisa passar pelo mesmo processo.

O Brasil, no entanto, caminha para criar um ambiente não só mais rígido que a Europa, mais controlador que a China e menos prático que os Estados Unidos, mas também repleto de incertezas jurídicas.

É como tentar copiar o freio sem ter construído o motor — e ainda deixar o manual de instruções incompleto.

O impacto já é visível.

Startups dependentes de modelos treinados com dados da web, empresas que automatizam processos com IA e desenvolvedores que criam soluções personalizadas veem seus modelos de negócio ameaçados. 

Enquanto outros países constroem ambientes para prosperar, corremos o risco de erguer barreiras à inovação e perder nossos melhores talentos para o mercado internacional.

Uma análise mais profunda revela uma perspectiva diferente: momentos de mudança regulatória, embora desafiadores para a maioria, criam oportunidades únicas para os que sabem onde olhar. 

O próximo passo é entender os custos e desafios que as empresas enfrentarão nos próximos meses — e como transformar esses obstáculos em vantagens competitivas.

A Matemática Real dos Próximos 12 Meses

Como Peter Drucker disse, "A inovação é a única forma de vencer a concorrência no mercado atual."

No Brasil, vemos isso em todos os setores: do agronegócio que precisa de IA para otimizar plantios, aos hospitais que usam algoritmos para diagnósticos mais precisos.

Mas inovar com tantas regras novas exige mais do que apenas boas ideias — exige dinheiro e força para aguentar a pressão.

Vamos aos números reais: uma startup de IA que fatura R$ 1 milhão por ano vai precisar gastar R$ 300 mil só para seguir as novas regras.

Para uma empresa que desenvolve robôs de atendimento, por exemplo, isso significa pagar auditores, criar relatórios e adaptar seus sistemas toda vez que fizer uma atualização.

  • Para empresas maiores, os custos são ainda mais assustadores — a Klarna, por exemplo, gastou mais de $100 milhões só para se adaptar às regras europeias.

  • O cenário fica ainda pior quando olhamos o quadro completo. A Netflix, por exemplo, gastou cerca de $1.5 bilhão em 2023 só com direitos autorais.

Com as novas regras de IA, cada pedaço de informação usado para treinar os sistemas precisa ser registrado e documentado — algo que pode facilmente dobrar os gastos da empresa.

Já vimos essa história antes. Depois da crise de 2008, as novas regras para bancos eram tão pesadas que 40% dos bancos americanos fecharam em uma década.

Os grandes ficaram ainda maiores, os pequenos sumiram ou foram comprados.

O mesmo está acontecendo no mercado de IA. Empresas como OpenAI e Anthropic já investiram bilhões para seguir todas as regras.

Para elas, regras mais duras não são problema — na verdade, ajudam a eliminar concorrentes menores.

Para uma startup brasileira, a conta não fecha: ou você tem dinheiro para seguir todas as regras, ou fecha as portas.

Se você trabalha com IA na agricultura, cada sistema de previsão de safra vai precisar de aprovação.

Se faz análise de crédito, cada fonte de dados precisa ser documentada. Se trabalha com exames médicos, cada decisão do sistema precisa ser explicada.

O resultado? Um mercado onde só os grandes sobrevivem. As empresas com muito dinheiro prosperam, os talentos brasileiros vão embora, e nossa capacidade de criar coisas novas diminui.

Em vez de desenvolver nossa própria tecnologia, vamos virar apenas compradores de soluções estrangeiras.

Mas nem tudo está perdido. A Stripe e a Adyen provaram que dá pra crescer mesmo com muitas regras.

A Stripe criou sistemas tão bons para seguir as regras que outros bancos agora tentam copiar. A Adyen foi além: transformou cada nova regra em oportunidade para crescer globalmente.

Crescer sob forte regulação exige mais do que resiliência — requer criatividade para transformar limites em vantagens. 

A inovação precisa ser redesenhada para operar nesse novo contexto, onde barreiras regulatórias podem se tornar oportunidades para liderar o mercado.

Mas as dificuldades não param por aí: além da regulação, desafios internos, como os limites do próprio progresso tecnológico, começam a surgir.

Quando Maior Não Significa Melhor

Enquanto todo mundo se preocupa com a regulação, algo ainda maior está acontecendo. Ilya Sutskever, um dos criadores da OpenAI, fez uma descoberta surpreendente: os modelos grandes de IA pararam de melhorar.

"Não importa quanto poder de computação a gente coloque, ou quantos dados novos use — os modelos não estão mais evoluindo como antes", diz Sutskever.

Isso já aconteceu antes.

O cérebro humano, por exemplo, parou de crescer há milhões de anos. Não porque faltava espaço, mas porque era mais esperto crescer em eficiência do que em tamanho.

É como a história do iPhone. No começo, era tudo sobre ter a tela maior, mais memória, mais poder. Hoje, o que importa são os apps — cada um fazendo sua parte específica muito bem.

É aí que entram os agentes. Em vez de tentar criar uma IA gigante que faz tudo mais ou menos, é melhor ter vários agentes especializados, cada um com sua função específica e bem definida.

Pense em um hospital: não adianta ter só um médico genial tentando fazer todas as cirurgias.

O segredo está em ter uma equipe completa — cada especialista domina sua área e sabe exatamente os limites de sua atuação.

É exatamente o que precisamos com a nova regulação.

Isso resolve três problemas cruciais do novo cenário:

1. Transparência total - cada agente tem uma função específica e documentada, facilitando explicar suas decisões e comprovar conformidade com a lei. Um agente de análise de crédito, por exemplo, pode mostrar exatamente quais dados usa e como toma decisões.

2. Economia real - em vez de investir milhões criando e mantendo sistemas complexos, empresas podem usar modelos existentes para criar agentes específicos. A Klarna é prova disso: cortou 25% dos gastos com agências externas e economizou milhões em campanhas usando agentes especializados para cada função.

3. Adaptação rápida - quando uma regra muda, você atualiza apenas o agente afetado, sem mexer no sistema todo. A Amazon usa essa estratégia: seus agentes de recomendação seguem regras diferentes em cada país, mas o core do sistema permanece o mesmo.

Masayoshi Son, o homem por trás de investimentos visionários como Alibaba e TikTok, prevê que nos próximos 10 anos todas as indústrias serão profundamente transformadas pela IA, todas as indústrias vão mudar por causa desses sistemas mais espertos e focados.

O dia 8 de janeiro marca o começo dessa nova fase.

Em vez de cada empresa ter que se preocupar em criar sua própria IA do zero, ela pode focar em criar agentes específicos para o que precisa, usando como base sistemas que já existem e funcionam.

O Poder do Ecossistema

Quando o ambiente muda drasticamente, poucas espécies sobrevivem sozinhas.

Olhe para as florestas tropicais: enquanto árvores isoladas caem com as tempestades, um ecossistema inteiro prospera e evolui.

Por quê? Porque em um ecossistema, cada aprendizado é compartilhado, cada erro vira lição coletiva.

Um desenvolvedor sozinho pode levar meses para criar um agente funcional. Uma comunidade bem conectada faz isso em semanas, aprimora em dias e evolui constantemente.

Em 2025, a divisão não será entre quem usa ou não IA, mas entre quem está conectado e quem tenta navegar sozinho.

Pense na Netflix: ela não venceu o mercado apenas com tecnologia superior, mas criando um ecossistema completo — produção, distribuição e experiência do usuário trabalhando em perfeita sintonia.

O resultado?

Blockbuster, com toda sua estrutura tradicional, não resistiu à mudança.

A história se repete agora com a IA.

O mercado não será dominado por quem tem o melhor agente isolado, mas por quem criar o ecossistema mais adaptável. A Klarna já provou isso: seus agentes de IA trabalham em conjunto, cada um especializado em uma função, mas todos conectados por um propósito comum.

Em 2025, você tem três caminhos:

  1. Ignorar a mudança e tornar-se obsoleto

  2. Tentar enfrentar sozinho e lutar contra as limitações

  3. Evoluir com um ecossistema e multiplicar possibilidades

Nossa Comunidade já provou ser um espaço de transformação e crescimento coletivo.

Agora, ela evolui para liderar em uma nova era de agentes especializados e regulações complexas.

Dia 8 de janeiro, eu vou estar ao vivo falando sobre as mudanças de mercado em 2025.

E você pode receber o acesso clicando no botão abaixo.

A escolha é sua: enfrentar 2025 sozinho ou evoluir com quem já conhece o caminho.

É tentador pensar que podemos fazer tudo sozinhos. Mas a natureza ensina outra coisa: sobrevivem aqueles que evoluem juntos.

Darwin nunca falou sobre a sobrevivência do mais forte — ele observou a sobrevivência do mais adaptável. 

E em dois séculos de pesquisa desde então, descobrimos que as maiores adaptações da natureza sempre aconteceram através da cooperação, não do isolamento.

As abelhas não prosperam por serem individualmente poderosas, mas por criarem um sistema perfeitamente sincronizado.

Os corais não sobrevivem por serem robustos, mas por formarem um ecossistema onde cada espécie fortalece o conjunto.

Nossa comunidade já provou ser um espaço de transformação e crescimento coletivo. Agora, ela evolui para liderar em uma nova era de agentes especializados e regulações complexas.

Dia 8 de janeiro, o ecossistema se fortalece. Uma nova era começa.

Você escolhe: enfrentar 2025 sozinho ou evoluir com quem já conhece o caminho.

Alan Nicolas ♾️
CEO Academia Lendár[IA]

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