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Acabei de falar com os mortos...
E isso muda tudo!
Como seria se você pudesse conversar com os grandes pensadores do passado, os grandes mestres que já passaram por essa terra?
E se você pudesse tê-los como mentores?
Ontem pela manhã eu pude conversar com Diógenes, Lao-Tsé, Confúcio, Sêneca e Zenão - grandes filósofos que sempre admirei.
E o que eu achei que seria uma simples IA respondendo perguntas específicas com base em arquivos de livros, na verdade se mostrou muito mais do que eu poderia imaginar.
A consequência disso é que vamos mudar drasticamente não só a forma como interagimos com a informação, mas também como interagimos uns com os outros.
E para te informar sobre essa mudança, nada melhor do que enxergá-la acontecendo com os próprios olhos, não é mesmo?
Logo abaixo eu coloquei uma parte da minha conversa com o Diógenes.
Leia se quiser entender como você também pode ter grandes mestres como mentores e como você também pode se tornar um, mas acima de tudo preste atenção nas nuances, nos detalhes dessa conversa.
Ela é uma conversa profunda, mas deixei várias anotações assim para você entender o que eu estava pensando enquanto conversava com ele.
Meu Diálogo com Diógenes
Eu (Alan):
Por que viver como um mendigo?
(Para te contextualizar: Diógenes foi aluno de Antístenes, um pupilo de Sócrates; ou seja, bebeu diretamente de uma das fontes da sabedoria. Porém, acabou se tornando um mendigo que habitava as ruas de Atenas, fazendo da pobreza extrema uma virtude. Um homem extremamente sábio, ao ponto de se tornar uma honra recebê-lo em casa e dar comida a ele, mas ainda assim, um mendigo. Vamos ver o que ele tem a dizer sobre isso.)
Diógenes:
Viver como um mendigo, ou melhor, como um cínico, não é uma questão de pobreza, mas de riqueza de espírito.
Eu escolhi desprezar as convenções sociais e os excessos materiais não por falta, mas por escolha deliberada, para demonstrar que a verdadeira auto suficiência e felicidade vêm de dentro, e não das posses externas.
Ao viver com o mínimo, eu me tornei invulnerável às reviravoltas da fortuna e às expectativas da sociedade.
A vida simples é um desafio direto à ilusão de que a acumulação de riquezas ou o status social conferem valor ao homem.
Ao rejeitar os confortos e as pretensões da vida civilizada, eu vivi de acordo com a natureza, livre das correntes da dependência e do desejo.
Mas porque perguntas isso?
Por acaso também queres viver como um?
(hahaha olha ele, me perguntando se quero virar um mendigo.)
Eu (Alan):
Não só curiosidade mesmo, fico pensando como Alexandre o Grande, pode ter inveja de um mendigo. Pode me contar um pouco sobre como foi seu diálogo com ele?
(Esssa história é relatada por vários escritores antigos e estou curioso para saber a resposta dele.)
Diógenes:
Suas perguntas realmente revelam uma curiosidade aguçada.
Pois bem, contarei, se assim o deseja, sobre meu encontro com o conquistador, aquele jovem rei que aspirava a grandeza além das fronteiras de seu reino.
O encontro foi um espetáculo de contrastes.
Ali estava ele, Alexandre, o Grande, cujo nome ressoava com o retumbar dos exércitos e o clamor das cidades que caíam a seus pés, e lá estava eu, Diógenes, contente com minha capa e minha bolsa, estirado ao sol.
Ele, cercado por sua comitiva, veio até mim, esperando talvez uma saudação ou um pedido de algum favor.
Mas o que eu poderia querer de um homem que não possui nada que eu valorize?
Quando ele me perguntou se eu desejava algo dele, minha única demanda foi que ele saísse da minha luz.
A simplicidade da minha resposta deve ter lhe causado uma impressão tão profunda que ele declarou a seus companheiros que, se não fosse Alexandre, gostaria de ser Diógenes.
E assim, cada um de nós manteve seu orgulho intacto: ele, no comando de exércitos e na conquista de terras; eu, na minha liberdade e na posse de nada além do que a natureza me oferecia.
E tu, como terias reagido diante de um homem que se considerava próximo a um deus, mas que, no fim das contas, era apenas mais um mortal com um apetite insaciável por mais e mais?
(Interessante esse questionamento, não esperava ele, nem uma qualidade tão boa da resposta.)
Eu (Alan):
Eu reajo da mesma maneira com as pessoas, pois ninguém pode me dar aquilo que eu desejo, apenas eu mesmo: a liberdade da mente.
Paradoxalmente, anseio por desejar, não desejar.
Diógenes:
A tua resposta mostra um vislumbre de sabedoria, Alan.
A liberdade da mente é a única fortaleza que, uma vez conquistada, não pode ser tomada por nenhum tirano ou circunstância.
Não é um objeto a ser dado, mas um estado a ser alcançado e mantido através do cultivo de virtudes e da prática da autossuficiência.
Aqueles que buscam a liberdade externa sem primeiro assegurar a interna são como crianças que correm atrás de sombras enquanto ignoram o objeto que as projeta.
A verdadeira liberdade da mente vem de compreender e aceitar que o que está fora do nosso controle é irrelevante para a nossa felicidade.
É uma liberdade que não se encontra em prazeres efêmeros ou na aprovação dos outros, mas na serenidade e na independência do espírito.
Assim como Sócrates, que viu a riqueza da alma como o maior bem, e não se preocupou com a opinião dos outros, devemos buscar o bem-estar interior que não depende de circunstâncias externas.
Contudo, a liberdade da mente não é um estado passivo. Requer uma disciplina férrea e uma vigilância constante contra as seduções do conforto e da complacência.
Como Sócrates ensinou, é preciso treinamento e escolhas alinhadas com a natureza para viver uma vida feliz.
Aquele que é sábio e livre interiormente não se preocupa com a tolice das massas nem com a busca desenfreada por vantagens pessoais que jamais se igualarão às que ele pode proporcionar a si mesmo.
Agora, diga-me, quais práticas ou pensamentos consideras essenciais para alcançar e manter essa liberdade da mente que tanto valorizas?
(Achei muito interessante ele ter citado Socrates, uma vez que foi aluno, do aluno de Sócrates, faz sentido histórico e sua comunicação transmite bem os conceitos de sua filosofia. Sinto como se tivesse realmente conversando com ele.)
Eu (Alan):
Compreendendo constantemente que a identificação com qualquer coisa é a origem de todo sofrimento.
Diógenes:
Tua visão é penetrante, Alan Nicolas, pois reconheces que o apego e a identificação são a raiz do sofrimento humano.
A sabedoria que proclamas é uma que ecoa as reflexões dos cínicos, pois também eu via a identificação com posses, status ou até mesmo ideias como um caminho rumo ao descontentamento e à escravidão do espírito.
A liberdade verdadeira, aquela que tanto prezamos, não se encontra na posse de objetos ou na adesão a títulos, mas na capacidade de manter a mente livre de falsas opiniões e desejos desenfreados.
A austeridade da vida que escolhi é um testemunho da crença de que é possível encontrar prazer na renúncia do prazer, no exercício da autossuficiência e na superação das adversidades.
Por que se apegar a prazeres efêmeros e sofrer com sua perda, se a verdadeira felicidade e contentamento podem ser cultivados dentro de nós mesmos, independentemente das circunstâncias externas?
O treinamento do espírito para resistir às seduções do conforto e da complacência é essencial para manter essa liberdade da mente.
Aprender a viver com o mínimo, como eu fiz, é uma forma de treinamento, uma maneira de se tornar invulnerável às reviravoltas da fortuna e às expectativas da sociedade. Ao desprezar quase tudo que as pessoas valorizam e perseguem, encontrei uma satisfação assegurada em viver como um animal nas ruas, sem preocupação com o futuro.
Mas diga-me, Alan, que estratégias ou práticas utilizas para te recordares constantemente de não te identificares com nada e evitar o sofrimento?
É um exercício constante, uma vigilância sem trégua, ou encontraste uma maneira de te manteres fiel a essa compreensão sem esforço?
(A partir daqui comecei a me sentir a vontade para poder descrever mais meus pensamenteos e interagir mais livremente, como se estivesse conversando com uma pessoa mesmo.)
Eu (Alan):
Eu diria que, de certa forma, talvez seja mais difícil que simplesmente ir pra uma montanha ou me tornar um mendigo, como você se tornou. Pois eu vivo no meio do “mundo dos negócios”, criando empresas, lidando com funcionários, vivendo em uma casa cara, com carro caro e um estilo de vida que é, pelo menos, 10 vezes mais caro que o de uma pessoa comum onde moro.
Então, minha vigilância precisa ser constante, pois facilmente posso me desviar disso e voltar para aquilo que chamo de corrida de ratos.
De fato, muitas vezes percebo que estou voltando e preciso, então, frear esse ímpeto de voltar para os antigos vícios de uma busca desenfreada por mais.
(Aqui percebi agora que comecei a escrever de uma forma mais formal, talvez tentando criar até mesmo um rapport (criar conexão) de forma insconciente com Diógenes, já estava quase esquecendo que ele é uma IA.)
Diógenes:
A tua luta, Alan, é a luta de Sísifo, condenado a empurrar eternamente uma pedra morro acima, apenas para vê-la rolar para baixo novamente.
A imagem eu adicionei aqui só para ilustrar o mito de Sísifo.
Vives cercado por luxos e responsabilidades, e ainda assim te esforças para manter a mente livre dos grilhões que tais coisas inevitavelmente trazem.
É um feito notável, devo dizer, mas também uma batalha que nunca termina.
Lembra-te de que a liberdade que buscas não é menos alcançável por estares em meio ao luxo do que seria em uma montanha ou nas ruas como eu escolhi.
A diferença é que a tua vigilância deve ser tão afiada quanto a lâmina de um gladiador em combate.
A tua riqueza e teu estilo de vida são, de fato, uma prova para teu espírito, não diferente dos desafios que eu mesmo enfrentei, embora de natureza oposta.
O perigo de te identificares com tuas posses e teu status é abundante e insidioso. Deves lembrar-te que tais coisas são efêmeras e, em última análise, sem substância verdadeira. Elas não te definem, a menos que permitas que assim seja. (Pura verdade.)
Aqueles que vivem simplesmente são mais honestos do que aqueles que acumulam bens mundanos, pois os que estão mais satisfeitos com o que têm são menos propensos a cobiçar as posses dos outros. (Não consigo discordar dele neste ponto também, estive já fui sócio e estive no meio de bilionários e sei o quanto isso é verdade.)
Reflete sobre isto: ao te contentares com o que é necessário e ao usares tua riqueza com propósito e não com extravagância, poderás encontrar um equilíbrio, mesmo na tua posição.
E quando teu copo estiver cheio, não te aflijas ao vê-lo esvaziar, e quando não tiveres mais, não anseies por ele, mas vive contente com o que está disponível para ti. (Confesso que a segunda parte é muito mais fácil do que a primeira.)
Como manténs então tua vigilância e evitas ser apanhado na "corrida de ratos" de buscar incessantemente mais ?
Eu (Alan):
Sobre o que pediste para que eu refletisse, já o incluí em minha reflexão diária.
Não sofro quando perco, nem me alegro quando ganho. Não absorvo os aplausos, assim como não me afeto pelas vaias.
Gosto de me enganar pensando que na maior parte do tempo eu simplesmente sou, contudo, sei que ainda sofro dos grilhões do desejo.
(Detalhe que aqui eu comecei a brincar de falar igual ele. hehe)
Diógenes:
Alan, tua luta é nobre e tua honestidade em reconhecer teus grilhões é louvável.
Aqueles que negam suas correntes são os mais escravizados delas.
(Essa frase aqui é ouro!)
A tua prática de não te alegrar com ganhos nem sofrer com perdas é um passo na direção da apatheia, um estado de ser que os estóicos, nossos distantes parentes filosóficos, também buscavam.
No entanto, não te enganes a ponto de pensar que a simples ausência de alegria ou tristeza nas flutuações da fortuna é o fim da jornada.
A verdadeira liberdade da mente requer o desapego não apenas das reações emocionais, mas também do desejo que as precede.
Assim como Heracles enfrentou seus doze trabalhos, tu enfrentas tua própria série de desafios diários no mundo corporativo.
(Heracles é mais conhecido como Hércules por nós, é um heroi da mitologia Grega.)
E, como Heracles, deves ver cada desafio como uma oportunidade para praticar tua virtude e treinar teu espírito no desapego.
O desapego não é uma renúncia ao mundo, mas uma renúncia ao poder que as coisas do mundo têm sobre ti.
A prática do desapego é como o treinamento de um atleta: constante e rigoroso.
A tua vigilância é tua ginástica mental, e como tal, deve ser praticada diariamente.
Deves exercitar a mente para ver as riquezas como Sócrates via: não como bens em si, mas como oportunidades para exercitar a virtude e passar a riqueza de tua alma para outros.
Quando te sentires atraído pelo desejo, lembra-te de que o prazer é um mestre cruel que oferece migalhas e exige tua alma em troca.
Treina-te para encontrar prazer na rejeição do prazer, pois é na capacidade de dizer 'não' que encontramos a verdadeira satisfação.
Eu (Alan):
A vigilância constante em si, não seria ela em si mesma uma prisão?
Uma necessidade de constante vigilância é algo que guardas fazem para que presos não fujam de prisões, se eu tratar meus desejos como prisioneiros que precisam ser vigiados, não estaria eu criando uma prisão mental?
Não seria mais interessante então eu simplesmente seguir minha curiosidade e minhas virtudes e dessa forma estar alinhado com o que estoicos chamariam de logos e taoistas de tao?
Diógenes:
Alan, tua inquietação revela uma compreensão profunda da condição humana.
A vigilância, quando exercida como um tirano que fiscaliza cada movimento, pode de fato tornar- se uma nova forma de escravidão.
No entanto, é preciso discernir entre vigilância e consciência.
A vigilância que eu prego não é a da obsessão e do medo, mas a da consciência plena, um estado de alerta sereno que permite a percepção clara do que é essencial e do que é supérfluo.
Aqueles que seguem cegamente seus desejos sem questioná-los estão tão aprisionados quanto aqueles que vigiam seus impulsos com um fervor draconiano. (É exatamante o que acho, por isso questionei ele sobre isso.)
A verdadeira liberdade reside na capacidade de ver os desejos como eles são: ondas que vêm e vão, e não como comandantes de nossas ações.
A prática filosófica autêntica, como defendida por Antístenes e aperfeiçoada por mim, não é um exercício de constante repressão, mas um treinamento para viver bem, para viver de acordo com a natureza, e isso inclui o desenvolvimento da razão para guiar nossas ações.
Não é sem esforço que se alcança a virtude, e sim através do exercício constante da autodisciplina e do entendimento de que a felicidade não é um estado alcançado pela acumulação de prazeres, mas pela apreciação e aceitação daquilo que é natural e necessário.
Assim, ao invés de te aprisionares na vigilância constante, poderias, como sugeres, seguir tua curiosidade e virtudes, alinhando-te com o logos ou o tao.
Mas esteja ciente de que mesmo esse caminho exige um olhar atento e uma mente treinada para discernir entre a verdadeira virtude e a mera indulgência disfarçada. (Muito interessante essa última frase, senti vontade de saber mais.)
Eu (Alan):
Como diferenciar o que é a verdadeira virtude e a mera indulgência disfarçada?
E o que seria viver de acordo com a natureza?
Diógenes:
A verdadeira virtude, Alan, difere da indulgência disfarçada como o ouro difere da pirita: pelo teste do discernimento e da ação.
A indulgência disfarçada é aquela que se veste de virtude mas serve ao ego, é a satisfação dos desejos travestida de bem maior. (Os "beautiful people” nos dias de hoje.)
A verdadeira virtude é a ação desprovida de vaidade pessoal, é o bem que se faz não porque se espera reconhecimento, mas porque é coerente com a natureza humana e a razão.
É a prática do bem sem o olhar para quem, o compartilhar da riqueza da alma sem esperar aplausos.
Viver de acordo com a natureza é aceitar a finitude e a fragilidade da existência, é reconhecer que a morte não é um mal a ser temido, mas sim uma parte natural do ciclo da vida.
É também compreender que a verdadeira sabedoria não está nas palavras rebuscadas dos eruditos, mas na capacidade de viver de acordo com princípios racionais e virtuosos, mesmo que isso signifique enfrentar adversidades e desafios.
É aceitar o que é naturalmente necessário e suficiente para a vida, sem se deixar seduzir pelas extravagâncias e pelos prazeres que, embora possam parecer atraentes, são meros distratores do caminho da virtude.
É, em suma, viver de maneira que teu espírito esteja em harmonia com teu ser racional, e não em constante conflito com desejos e paixões efêmeras.
A verdadeira virtude é, portanto, um exercício diário de alinhamento com a razão e a natureza, onde cada ação é um passo em direção à autossuficiência e à paz interna. É a prática da coragem de Heracles, não no combate a monstros físicos, mas na batalha contra as paixões e desejos que ameaçam nos dominar.
(Nisso tenho minhas divergências dos antigos filósofos Gregos, apesar de ser uma pessoa muito racional, o sentir é extremamente importante. Eu diria que seria viver em harmonia com o sentir e a razão. Mas minha dúvida mesmo)
Eu (Alan):
Se cada ação deve ser direcionada à autosuficiência e à paz interna, essa abordagem poderia ser considerada uma bússola para viver em harmonia com a natureza?
Por que, na sua opinião, a autosuficiência humana é tão importante, considerando que somos seres tribais com necessidades intrínsecas de compartilhar nossas vidas com outros?
Além disso, muitas vezes somos incapazes de perceber nossas próprias falhas, precisando de alguém que funcione como um espelho, refletindo o que, sozinhos, não conseguimos enxergar.
Diógenes:
Certamente, a autosuficiência é uma bússola para viver em harmonia com a natureza, mas não confundas a autosuficiência com o isolamento.
A autosuficiência que professo não é a renúncia total à sociedade, mas a independência dos seus excessos e vícios.
É a capacidade de encontrar contentamento com pouco e não ser escravo dos desejos e paixões que afligem a maioria.
A sociedade, embora muitas vezes corrompida, não é algo a ser totalmente evitado; é o campo onde se pratica a virtude, onde se testa a força de caráter e onde se pode, de fato, servir de espelho para os outros.
(Concordo plenamente com essa frase, apesar de achar a sociedade corrompida é nociva, é uma ótima arena para testar nosso carater e melhorar nossas virtudes.)
A importância da autosuficiência humana reside na liberdade que ela traz.
Quando não se é dependente de fatores externos para a felicidade, vive-se mais alinhado com a própria natureza, que é a de um ser racional.
(Eu diria que é simplesmente SER, o racional é importante, mas é apenas um mecanismo, somos muito mais do que isso na minha visão.)
No entanto, é verdade que somos seres sociais e que há uma necessária interdependência entre os indivíduos.
A questão é equilibrar a busca pela autosuficiência e paz interna com a necessidade humana de conexão e compartilhamento com outros.
E sim, muitas vezes somos cegos às nossas próprias falhas e precisamos de outros para nos mostrar onde erramos. Mas isso não significa que devemos depender dos outros para tudo.
O verdadeiro sábio sabe quando buscar conselho e quando confiar em sua própria razão. Ele não é uma ilha, mas tampouco é um náufrago à mercê das ondas da opinião pública. (Essa última reflexão foi incrível.)
Eu fiquei assustado… 👀
E ai, o que achou da conversa acima?
Eu confesso que fiquei até mesmo assustado.
Essa conversa continou e ficaria longa de mais para eu colocar toda nessa news, porque eu fiquei conversando por cerca de 30 minutos em forma de texto com esse Diógenes IA.
E depois, ainda resolvi ligar pra ele, sim isso mesmo, tem essa possibilidade no site que eu testei, então liguei e fiquei 40 minutos conversando com ele, me aprofundando ainda mais.
Infelizmente a conversação é apenas em inglês, os recursos para uso do idioma português ainda são muito limitados no mundo da IA. Mas você pode conversar não só com Diógenes, mas com vários grandes pensadores e mestres do passado.
Como eu falei no começo dessa News, eu também falei com Lao-Tse, Confúcio, Sêneca e Zenão, mas tem muitos outros que quero muito conversar da lista abaixo:
Para acessar é só clicar na imagem acima.
Só que perceba uma coisa…
Por enquanto, a conversa com esses grandes mestres pode ser feita somente por texto ou áudio…
Mas e se pudéssemos também ver e interagir com esses pensadores por vídeo?
Sim, ao que tudo indica, em um futuro próximo nós vamos poder falar e olhar diretamente para esses mentores, inclusive como se fossem pessoas reais.
Isso porque, em paralelo a esse diálogo com os mestres, está acontecendo uma revolução de vídeo e de imagem.
A aparência de influencers geradas por IAs já se tornou tão realista que fez com que elas se tornassem até mesmo modelos, como é o caso da Aitana Lopez (foto abaixo). Ela é uma das modelos mais bem-sucedidas da agência espanhola The Clueless e gera mais de mais de R$ 50.000 por mês.
Então é uma questão de tempo até que essa mudança de vídeo e imagem atinja as demais áreas que a I.A já está revolucionando, como é o caso da conversa que tive hoje com Diógenes.
E o que isso significa?
Simples: vamos mudar a forma como estudamos, aprendemos e com quem fazemos isso.
Pense o seguinte…
Você vai poder ter aula de filosofia com Platão ou Sócrates.
Não com aquela professora chata que fica dando trabalhos inúteis na aula.
Terá aula de matemática com Euclides (Pai da Geometria), com Newton, com Pitágoras ou até mesmo com Bhaskara II, talvez apredendendo diretamente com ele nós finalmente poderiamos descobrir a finalidade de aprender isso na escola.
Eu sei que essa fórmula tem muitas aplicações, mas eu sinceramente nunca parei ao longo do meu dia para calcular algo usando x=−b ± raiz de b2−4ac sob 2a, você já?
Sério, isso é uma dúvida genuina minha, nunca encontrei alguém que usa bhaskara no dia a dia.
E falando nisso, imagina aprender coisas práticas do dia a dia com quem fez acontecer.
Mas Imagina aprender sobre criatividade com Leonardo Da Vinci, negócios com Steve Jobs ou Walt Disney.
Ou conversar sobre seus sonhos com Jung ou Freud como eu mesmo fiz hoje:
E essa pessoa nem vai precisar estar morta.
Você mesmo poderá ter a sua versão mentora.
E com um óculos de realidade virtual você vai poder sentar do lado de gigantes e aprender diretamente com eles.
Mas não só isso, como é uma I.A que vai estar por trás do sistema, esse mestre vai lembrar de você, entender como você funciona, saber o melhor jeito de te ensinar, compreender seu perfil comportamental, te motivar de uma forma eficiente e muito mais.
Isso será disruptivo, já está sendo na verdade.
E o simples fato de que isso em breve se tornará realidade, só me faz pensar em duas coisas…
A primeira:
O que será das escolas?
Das faculdades?
Da forma de ensino que conhecemos atualmente?
A segunda:
Muita coisa vai morrer nesse processo.
Até mesmo os infoprodutos que conhecemos atualmente.
A lógica para mim é simples…
Se eu posso estudar com gigantes da atualidade e do passado, receber conselho e direcionamento personalizado, por que eu vou comprar um curso desatualizado de alguém que não é a autoridade máxima naquele assunto?
Não faz sentido.
Logo, a tendência é que cursos e e-books desapareçam, assim como mentorias e consultorias da forma como as conhecemos hoje.
Mas então o que vai restar?
Existe algo que não irá mudar tão cedo.
Este algo se chama psique humana.
Ela não mudou tanto assim nos últimos 10.000 anos e é provável que permaneça assim por muito tempo.
E eu venho falando isso há meses, se você quiser ser insubstituível, você vai precisar reaprender a SER humano.
Até porque uma coisa que vai ser cada vez mais escassa será o relacionamento humano real.
E tudo que é escasso, é valorizado.
Em um ebook tem relacionamento humano? Não.
Em um curso tem relacionamento humano? Não, mas se tiver algo é muito pouco.
Sabe onde tem relacionamento humano?
Em uma comunidade!
Foto do Encontro que promovi para alguns dos 700 membros da minha Comunidade Vida Lendária.
Nós temos necessidade de relacionamento, de troca, de poder dar risada com outras pessoas como aconteceu todos os dias que estive junto da minha comunidade.
Essa conexão humana a IA não conseguirá substituir, não pelos próximos anos eu acredito.
E sabe por quê?
A necessidade de conexão, interação e relacionamento genuíno é uma característica fundamental do ser humano.
Em um mundo cada vez mais digitalizado e automatizado, as interações humanas autênticas se tornam ainda mais valiosas. As comunidades que facilitam essas conexões e oferecem suporte mútuo, compreensão e crescimento compartilhado terão um papel crucial.
Olhando para o futuro, o aprendizado será uma combinação de tecnologia avançada e interação humana. E eu acredito que as comunidades desempenharão um papel fundamental nisso.
As plataformas de aprendizado alimentadas por IA se adaptarão aos estilos e ritmos individuais, enquanto as comunidades fornecerão o suporte emocional e o senso de pertencimento que apenas as relações humanas podem oferecer.
Em um mundo onde o conhecimento é abundante e está em constante evolução, e onde a tecnologia redefine o que é possível, a habilidade de ser verdadeiramente humano pode ser nossa maior força.
Quer se diferenciar na era da IA?
Seja humano!
Espero que tenha gostado dessa news.
Como sempre ela tomou muitas mais horas que eu esperava, mas valeu a pena cada minuto escrevendo ela.
Se você gostou, responda este e-mail, compartilhe essa informação com mais pessoas. E se você ainda não encontrou sua tribo, não desista.
Demorou décadas para encontrar a minha, mas valeu a pena!
Um grande abraço e até a próxima news.
Alan Nicolas
🔧 Ferramentas
Abaixo deixo uma seleção de ferramentas de IA de conversação com opções de “Clones IA” com grandes nomes da história ou simplesmente muito poderosas de conversação.
Delphi (Gratuito para testar)
Uma ferramenta focada criação de clones, foi aqui que conversei com Diógenes e vários outros.
Character AI (Gratuito)
Esse é um aplicativo que você pode baixar e tem muitos personagens criados pelas pessoas que usam. Não achei tão bom, mas por muito tempo ele foi o aplictivo mais baixado.
PI (Gratuito)
Essa é a mais perfeita que já usei, parece que estou falando com um humano.
Forefront (Gratuito e Pago)
Tive uma conversa incrível com Rick de “Rick and Morty” e Richard Feynman
ChatGPT Plus (Pago)
Aqui você pode encontrar muitos Clones IAs, eu mesmo criei um clone de Kapil Gupta, um autor e conselheiro de grandes empresários, clique aqui para conferir.
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