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Como Preparar Sua Empresa Para 2026 em Uma Semana (Testado Aqui)
20 founders validando nichos. Equipe criando ferramentas em 7 dias. IA movimentando trilhões. O que conecta tudo?

Fim de dezembro.
O Brasil inteiro desacelerou.
Não só desacelerou. Desligou completamente.
Empresas fecharam até fevereiro. Projetos vão "começar depois do carnaval". Decisões adiadas para "quando todo mundo voltar".
É assim que funciona aqui. Final de ano é hiato nacional. Janeiro é praia. Fevereiro é ressaca de carnaval.
Começo real? Março.
Enquanto isso, o mundo da IA virou metralhadora.
Não desacelerou. Não pausou. Acelerou.
E no meio dessa enxurrada sem freio, aconteceram coisas que a maioria não viu porque estava desconectando.
Coisas que, se você prestar atenção agora, podem mudar completamente como você entra em 2026.
Não estou falando de hype. Não estou falando de notícia sensacionalista.
Estou falando de algo que aconteceu aqui, na prática, e que mostra um padrão que está muda a forma como você vê o futuro.
Mas antes de chegar lá, você precisa entender o caos.
Porque a enxurrada não para. Nem vai parar.
A Enxurrada Que Não Para (Nem Nas Festas)
Enquanto você provavelmente estava pensando em desacelerar, o mercado de IA estava acelerando.
Google lançou Gemini 3 Flash como modelo padrão global.
Agora, quando você abre o app do Gemini ou usa o modo IA na busca do Google, o modelo que responde é o Gemini 3 Flash.
Amazon negocia investir US$ 10 bilhões na OpenAI.
A condição? OpenAI usar os chips de IA da Amazon (Trainium) em vez de depender da Nvidia. Se o acordo acontecer, a OpenAI seria avaliada em mais de US$ 500 bilhões.
Anthropic avalia captação de US$ 300 bilhões e prepara IPO em 2026.
Parcerias empresariais maiores (US$ 200 milhões com Snowflake), aquisições de startups, e Claude Code que já faturou US$ 1 bilhão anualizado. Todos sinais de que a empresa está se preparando para abrir capital.
OpenAI lançou GPT Image 1.5 em dezembro.
Resposta direta ao sucesso do Gemini 3. Melhor seguimento de instruções, edição mais precisa, velocidade 4x maior.
Trump assinou Ordem Executiva sobre regulação de IA no dia 11 de dezembro.
Busca criar estrutura política nacional. O problema? Conflito direto com regulações estaduais que já existem.
Para empresas que operam em múltiplos estados, incerteza sobre qual regra seguir.
Tudo isso aconteceu só em dezembro de 2025.
A enxurrada não para. Nem vai parar em 2026.
Mas aqui está o que poucos percebem: enquanto gigantes movimentam trilhões em modelos cada vez mais poderosos, algo mais relevante acontece longe dos holofotes.
Pessoas reais resolvendo problemas específicos que esses trilhões ignoram.
Enquanto Isso, no Brasil Real: 20 Founders Resolvendo Problemas Específicos Que Ninguém Está Resolvendo
Na última newsletter, eu disse que o Demo Day do Founders Lendários aconteceria no fim de semana.
Aconteceu. Sábado e domingo inteiros.
E tem muita coisa que você pode aprender com o que aconteceu lá.
Mas antes, contexto: esse programa não teria sido possível sem o meu time.


Um dos que estava na ponta disso foi o Roger Medek.
E durante todo esse processo, eu também estava como aluno, visualizando os projetos tomarem forma. Agradeço a todos os mentores que estiveram junto comigo nessa jornada.
Agora, o que aconteceu:
Início de 2025. 36 empreendedores começaram o programa.
Seis meses depois, 20 chegaram ao Demo Day.
Investidores reais na plateia. Aporte na mesa.
Mas aqui está o que a maioria não entende: Demo Day não foi o final.
Foi o começo.
Seis meses validando problemas, estruturando soluções, documentando processos. O palco foi só o marco de que agora a jornada real começava.
E um padrão ficou claro nas 20 apresentações.

Nenhum projeto tentou ser "ferramenta universal para todos".
Gestão específica para pousadas pequenas e médias (não competir com Booking).
Gestão por voz para professores de jiu-jitsu (não sistemas genéricos de academia).
Consulta normativa exclusiva para arquitetos (economiza 6 semanas/ano, não competir com Google).
Pesquisa especializada só em direito trabalhista (não plataformas jurídicas gerais).
Todos verticais nichados. Zero horizontais genéricos.
O discurso de abertura deixou claro por quê:
"Inteligência artificial não é sobre tecnologia. É sobre mentalidade."
Cada founder começou contando como viveu o problema na pele.
Não teoria sobre mercado. Autoridade sobre nicho específico.
Mas aqui está o que separou os projetos que avançam para próxima fase daqueles que precisam pivotar.
O Que Investidores Realmente Procuram (E Como Você Aplica Isso em 2026)

Preço pedido pela empresa questionado. Estratégias criticadas por falta de foco. Estrutura societária (quem tem quanto da empresa) exposta como frágil.
Mas o padrão estava em uma crítica recorrente:
"O foco da tua ferramenta tem que ser o método... senão você não é mais um ERP."
Steven Phil, investidor:
"Qualquer um pode criar ferramentas com vibe coding agora. O diferencial é o método, o relacionamento, a história do fundador."
Faustino Júnior:
"Na era da IA, o foco deve ser na recorrência e comunidade, pois produção eficiente está virando commodity."
O que isso significa para você em 2026:
Ter Claude API no produto não te diferencia. Todo mundo tem acesso à mesma IA.
O que te diferencia é ter método proprietário que a IA potencializa.
É a diferença entre "mais um SaaS com chatbot" e "metodologia validada que usa IA para escalar".
Se você está construindo algo em 2026, a pergunta não é "qual IA usar".
É "qual método único você tem que a IA pode multiplicar".
E um projeto provou essa tese de forma inquestionável.
O Destaque Que Mostra O Caminho: Quando Metodologia Vale Mais Que Tecnologia
Ialume.
Companheiro de tarefa de casa que ensina crianças a pensar sem dar resposta pronta.
72% dos pais consideram o momento da tarefa escolar estressante. A relação familiar se deteriora todas as noites por causa disso.
Mas o que fez investidores projetarem Ialume como potencial unicórnio não foi a tecnologia de IA por voz.
Foi a metodologia pedagógica proprietária.
Gamificação contextualizada. Ensino socrático (perguntas em vez de respostas). Sistema de recompensas sem viciar. Relatórios que geram conexão familiar.
Nenhum desses elementos é tecnologia. É método.
E método validado não se copia facilmente.
Bruno Ferrari tinha outro diferencial: 72% das ações com o fundador. Sinal de motivação e controle para investidores.
E o pedido dele não foi dinheiro.
Foi mentorias, conexões, créditos de IA.
Ialume foi o único que poderia ter pedido valores altos.
E foi o único que não pediu.
A lição para você:
Clareza do método + validação + estrutura societária saudável = investimento natural.
Não precisa de pitch perfeito. Precisa de clareza sobre o que você resolve e como resolve de forma única.
E essa clareza vem de ter vivido o problema na pele.
Não de ter pesquisado sobre ele.
A Pergunta Que Define Seu 2026
Se founders levaram 6 meses validando nichos específicos e construindo metodologias proprietárias para criar produtos...
Quanto tempo leva para criar ferramentas internas quando você já conhece seu problema específico?
Essa pergunta foi respondida uma semana depois.
7 Dias, 15 Ferramentas, Zero Programadores: Quando SaaS Genérico Não Resolve Seu Problema Específico
Na newsletter passada, eu contei que o Hackathon Interno estava acontecendo.
7 dias depois, 15 sistemas funcionais criados.
Resultados seriam na sexta, mas adiamos para terça por causa do Demo Day (sábado e domingo).
Essas ferramentas não eram produtos para vender. Eram soluções internas para dores que nenhum SaaS de mercado resolvia perfeitamente.
25 minutos levantando dores. 13 projetos definidos. 7 dias executando.
A maioria do time nunca tocou em código.
João Pedro (JP) é designer. Fran é produto/vendas.
Criaram sistemas funcionais que já estão em produção.
Se eles conseguiram, você consegue. E vai adorar o processo.
Quando Designer Cria Sistema de Marketing

João Pedro (JP)
João Pedro (JP) é designer. Nunca tinha criado aplicação com IA.
Em 7 dias, junto com João, criou o Brand OS. Sistema de carrosséis funcionando.
JP foi essencial para entender a dor e o processo.
Processo tradicional: 2 horas por peça. Otimizado manualmente: 30 minutos. Com Brand OS: 2 minutos.
Por que não usar Canva? Figma? Ferramenta pronta?
Porque o método de criação da Academia não existia pronto em lugar nenhum.
Copy persuasiva primeiro (não design). Validação de qualidade por agente. Banco de imagens próprio integrado. Layout seguindo identidade específica da marca.
Esse fluxo específico não existe no Canva. Não existe no Figma. Não existe em ferramenta nenhuma.
O que tornou isso possível?
JP explica: antes de código, colocar tudo para fora.
Ele usou Figma para visualizar o fluxo completo. Identificou inputs. Mapeou agentes. Definiu outputs.
Quando você visualiza tudo, sabe por onde começar.
Só depois implementaram.
O sistema já está em produção. Testamos em landing page real: CAC caiu de R$300 para R$50.
Quando Fran Cria CRM Sozinha (E Fica em Segundo Lugar)

Fran
Fran é produto/vendas. Nunca tinha criado aplicação técnica com IA.
Ficou sozinha no projeto (dupla teve problemas pessoais). Ficou em segundo lugar.
A dor era clara:
Vendedores não preenchem CRM. Marketing quer dados sobre objeções. Suporte precisa entender expectativas criadas. Produto quer feedback de campo.
Informação presa em reuniões gravadas, não estruturada.
O sistema que Fran criou:
Pega transcrições de reuniões e extrai automaticamente: perfil financeiro do lead, nível técnico, objeções, ofertas aplicadas, garantias prometidas, sentimento durante conversa.
Marketing vê objeções e cria conteúdo (um clique gera post, roteiro YouTube, thread LinkedIn). Suporte vê expectativas e gaps. Vendas tem proposta personalizada automática. Produto entende dores específicas.
Qual CRM de mercado faz isso?
Nenhum. Porque nenhum conhece o método específico de vendas da Academia.
Captura 100% das informações (contra 20% que vendedor conseguia documentar manualmente).
Quando Excesso de Conteúdo Paralisa em Vez de Ajudar
Elds e equipe atacaram o maior problema da educação online: excesso de conteúdo que paralisa.
Academia oferece 50+ cursos. Aluno entra empolgado, vê volume gigante, não sabe por onde começar, frustra, desiste.
Trilhas Personalizadas resolve isso:
Diagnóstico inicial identifica objetivo específico (ex: "automatizar WhatsApp para imobiliária"). Monta trilha de 7 dias com sequência lógica (não ordem original dos cursos).
A cada aula, microdesafio específico. Aluno responde. IA analisa, identifica gaps, indica exatamente qual minuto de qual aula resolver aquele gap.
70.000 linhas de transcrições minutadas ingeridas em 40 segundos. Cada frase sabe minuto, aula, contexto.
Quando aluno erra sobre prompts, sistema não diz "reveja aula de prompts".
Diz "reveja minuto 13:25 da aula de fluência em IA."
Qual plataforma de curso faz isso?
Nenhuma. Porque nenhuma conhece o conteúdo específico da Academia minutado e vetorizado.
Tudo isso será colocado nos produtos da academia futuramente. Começamos a testar com a Comunidade Lendária depois será expandido para a Formação.
Quando Departamentos Que Não Se Falam Custam Dinheiro Real
Outro sistema criado: Conector de Setores. Mede e reduz fricção entre departamentos.
Calcula perda financeira mensal causada por silos. Não achismo. Fórmulas baseadas em folha de pagamento, turnover, projetos atrasados, ticket médio.
Funcionários respondem pesquisas sobre interações. Sistema identifica gargalos, mede fricção, projeta perda anual, sugere ações priorizadas.
"A ideia é criar painel de carro para empresas. Quando há problema, acende luz indicando exatamente onde está o defeito."
O Padrão Que Conecta Tudo
Demo Day: 20 founders com soluções nichadas para mercado externo. 6 meses validando.
Hackathon: 15 ferramentas para necessidades internas específicas. 7 dias criando.
Ambos provaram o mesmo princípio: especificidade venceu generalidade.
Antes: dominar ferramentas genéricas melhor que outros = vantagem.
Agora: clareza do problema específico + solução sob medida = vantagem.
Quando criar sob medida fica mais rápido que adaptar genérico, a pergunta muda de "qual ferramenta usar" para "qual problema resolver".
O que separa quem vai criar de quem vai só consumir:
Visualizar o processo antes de executar.
JP e João criaram sistema completo porque colocaram tudo para fora antes de código.
Fran criou CRM sozinha porque tinha clareza do problema específico.
Equipe de Trilhas Personalizadas estruturou 70.000 linhas antes de criar interface.
A barreira técnica caiu. O que separa execução de intenção não é mais conhecimento de programação.
É clareza sobre o problema específico que você quer resolver.
Estou orgulhoso de todo mundo que participou. A repercussão foi que alguns ficaram viciados em criar soluções úteis.
E eu estou adorando esse novo processo.
Bem-Vinda a Era da Especificidade Radical
Gigantes brigam por trilhões movimentando modelos genéricos cada vez mais poderosos.
O valor migrou para quem tem clareza do problema específico.
A educação de 2026 não será sobre consumir conteúdo genérico esperando aplicar no seu contexto.
Antes: Curso genérico. 50 aulas. Ordem fixa. "Assista tudo e aplique no seu contexto."
Depois: Sistema que conhece você profundamente. Diagnóstico inicial. Trilha de 7 dias específica pro seu objetivo. Microdesafio a cada aula. IA identifica onde você travou e indica minuto exato da solução.
DNA Mental mapeado. Trilhas adaptadas semanalmente.
Como Ialume faz com crianças. Como Trilhas Personalizadas faz com alunos. Como você pode fazer com seu negócio.
Prática real de criar sistemas que resolvem problemas reais, geram valor real, podem virar negócios reais.
Semana que vem eu trago a retrospectiva do ano, até lá.
Alan Nicolas ♾️
CEO, Academia Lendár[IA]
P.S.: Se você paga R$ 500/mês em ferramenta que usa 30% das features e ainda adapta seu processo... talvez seja hora de questionar se criar sob medida não seria mais eficiente.
20 founders do Demo Day responderam: sim, criar SaaS vertical nichado com método proprietário.
Equipe do Hackathon respondeu: sim, criar ferramenta interna específica.
Qual será sua resposta?
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Escrita por: Alan Nicolas utilizando Obsidian potencializado com IA
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